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FAESC
23 de dezembro 2024
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), promoveu em parceria com o Sindicato Rural de Xanxerê e com a FUNAI, duas edições do curso sobre Sistemas Agroflorestais (SAF).
As aulas da primeira turma ocorreram recentemente na Terra Indígena Xapecó, na sede da comunidade indígena Kaingang. A segunda turma participou das atividades na Linha Pinhalzinho, em Ipuaçu, também Terra Indígena Xapecó, da comunidade indígena Kaigang.
O objetivo foi capacitar os participantes da comunidade indígena para compreender e implementar o SAF. “Um dos aspectos abordados foi a capacidade produtiva desse sistema, que não é medida em metros quadrados, mas sim em metros cúbicos. Isso ocorre porque o SAF integra a produção considerando a superfície do solo e a parte aérea, utilizando diferentes estratos de plantas”, explicou a instrutora do Senar/SC, Thalita Cardoso Anastacio.
De acordo com Thalita, o sistema permite produzir mais de uma cultura no mesmo metro quadrado. Foram abordadas técnicas de manejo, como podas e fertilização específicas para o SAF, que diferem do manejo convencional. Também foram discutidos aspectos financeiros, bem como planejamento de colheita e produção. Segundo Thalita, o SAF é relevante para áreas pequenas, pois proporciona o uso eficiente do espaço, permite uma grande variedade de produtos produzidos e comercializados e também um volume produtivo maior quando comparado a um sistema convencional.
Thalita realçou que o curso foi produtivo e contou com expressiva participação do grupo. Os participantes desenvolveram o planejamento de suas propriedades, incluindo a elaboração de um mapa de plantio. Demonstraram satisfação com as novas perspectivas de produção e comercialização de vegetais e frutas. “Alguns destacaram que antes queimavam resíduos como folhas, sem perceber que poderiam ser utilizados como adubo, aumentando a produtividade da propriedade. Durante o treinamento, eles aprenderam práticas que podem otimizar o uso dos recursos disponíveis”, avaliou.
A indigenista especializada do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Coordenação Regional Interior Sul da FUNAI, Alessandra Schmitt, enfatizou que a parceria com o Senar/SC nos cursos de Sistemas Agroflorestais com foco em pomares é importantíssima para fomentar, junto às famílias indígenas, a atividade agrícola realmente sustentável, que não precise de maquinário, compra de adubos e agrotóxicos. “Os sistemas agroflorestais permitem produzir hortaliças, frutas e madeira num mesmo espaço, ampliando as oportunidades de renda e trazendo mais segurança pois não se depende de um único produto”.
Para o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, a cooperação entre o Senar e a FUNAI representa um esforço conjunto para promover o crescimento das atividades agrícolas das famílias indígenas. “Trata-se de uma parceria que fortalece a produção sustentável de alimentos e promove o desenvolvimento social e econômico das comunidades indígenas”, sublinhou.
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