FAESC
4 de junho 2025
Depois de Chapecó, Treze Tílias e Braço do Norte foi a vez de São Miguel do Oeste sediar o painel do Projeto Campo Futuro, com foco na pecuária de leite em Santa Catarina. O evento, realizado na última sexta-feira (30), ocorreu em formato híbrido e contou com a participação de produtores rurais, representantes do Sistema Faesc/Senar, sindicatos rurais, técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e profissionais da região.
A iniciativa, promovida pelo Sistema CNA/Senar, foi realizada em parceria com o Sistema Faesc/Senar, o Sindicato Rural de São Miguel do Oeste e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina, Gilmar Antônio Zanluchi, representou o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, e destacou a relevância dos painéis para as diversas cadeias produtivas catarinenses. “O Campo Futuro é uma ferramenta completa que identifica os problemas na raiz e oferece referências fundamentais para que possamos tomar as melhores decisões sobre nossas atividades. É uma iniciativa que nos permite compreender nossa realidade e serve como base para avançarmos. Sem dúvida, é um trabalho extremamente relevante e nós reconhecemos seu valor”, afirmou Zanluchi.
O presidente do Sindicato Rural de São Miguel do Oeste, Adair José Teixeira, também destacou o papel fundamental do projeto para o desenvolvimento da cadeia produtiva da pecuária de leite no extremo-oeste e em todo o estado.
CAMPO FUTURO
O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Guilherme Souza Dias, explicou que o Projeto Campo Futuro levanta, desde 2007, os custos de produção de mais de 60 atividades agropecuárias em todos os estados brasileiros. “O projeto permite delinear as propriedades modais – aquelas que representam o perfil mais comum em uma determinada região. A partir desse modelo, elenca todos os seus custos de produção”, afirmou Dias.
Os custos são analisados em três níveis: custo operacional efetivo (COE), custo operacional total (COT) e custo total (CT). “Depois de aproximadamente quatro anos, voltamos para atualizar o modal produtivo em São Miguel do Oeste”, realçou Dias ao comentar que o município já faz parte do projeto.
PROPRIEDADE TÍPICA DE SÃO MIGUEL DO OESTE
Segundo Dias, a propriedade típica de São Miguel do Oeste é considerada de média tecnologia. “Com uma produção média de 8.800 litros de leite por hectare/ano, a atividade é desenvolvida em uma área de 20 hectares, utilizando um sistema semiconfinado, predominantemente com animais da raça holandesa. A inseminação artificial é adotada como prática reprodutiva e a produção diária gira em torno de 350 litros, obtidos em duas ordenhas por dia”.
O assessor técnico frisou, ainda, que houve avanço tecnológico em relação ao levantamento anterior. “A produção diária aumentou de 300 para 350 litros/dia, fruto da melhoria na produtividade dos rebanhos e das melhorias no manejo alimentar. Além de receber pastagens, as vacas recebem também suplementação volumosa com silagem de milho e alimentação concentrada”, enfatizou o assessor técnico.
Dias destacou que a atividade leiteira na propriedade modal de São Miguel do Oeste é conduzida, em sua maioria, com mão de obra familiar. “Os resultados obtidos com a receita do leite permitiram não apenas remunerar os desembolsos da atividade, mas também gerar caixa suficiente para cobrir o pró-labore do produtor e de sua família, além de possibilitar a formação de reservas para a renovação da infraestrutura produtiva”.
Por fim, o especialista realçou que o sistema desenhado somente não permitiu remunerar os custos totais. “Naturalmente, a alimentação seguiu como as despesas mais oneraram o sistema produtivo, representando cerca de 50% da receita obtida com o leite”, concluiu.
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