FAESC
15 de julho 2025
Na tarde de hoje, 13 de dezembro, as entidades representativas dos produtores de tabaco receberam, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul/RS, os representantes da JTI. A variação do custo de produção da empresa para a safra 2023/2024, apurado em conjunto com os produtores, apontou para 5,06% na variedade Virgínia e -1,77% no Burley.
A proposta apresentada pela JTI foi de levar à tabela do Virgínia o percentual do custo de produção e, no Burley, manter esse mesmo percentual de 5,06%. Pela parte das entidades, a contraproposta, pela busca de uma tabela com rentabilidade, é de, no Virgínia, o reajuste ser a variação do custo de produção (5,06%) mais cinco pontos percentuais. A JTI ainda refez sua proposta, oferecendo, no Virgínia a variação do custo de produção de 5,06% mais 1,5 pontos percentuais pela sustentabilidade. Esse mesmo percentual será repassado no Burley, o que representa 8,33 pontos percentuais acima da variação do custo de produção.
Segundo os representantes dos fumicultores, a reunião foi produtiva, no sentido de ter sido um bom início de negociação de preço para a safra 2023/2024. “Não encerramos as negociações, pelo contrário, voltaremos a nos reunir com a JTI e temos certeza que iremos evoluir. Em janeiro, esperamos que as demais empresas fumageiras também venham com propostas sólidas que visam a manutenção da cadeia produtiva”
Para o representante da Faesc nos assuntos do tabaco, vice-presidente regional da Faesc no Planalto Norte, representante da CNA na Câmara Setorial do Tabaco no MAPA e presidente do Sindicato Rural de Irineópolis, Francisco Eraldo Konkol, a reunião foi positiva. De acordo com ele, a empresa teve uma postura importante ao trazer uma proposta e demonstrou estar convicta do que quer. “Com base no que foi levantado fez uma proposta um pouco acima do custo-produção e realmente merece elogios por isso”.
Por outro lado, Konkol demonstrou preocupação, pois acredita que não entraram nos custos de produção as despesas que o produtor teve a mais em razão do clima, como por exemplo, mão de obra maior do que o planejado, mais adubação e algumas pulverizações defensivas em função de pragas.
O dirigente argumentou que o clima diverso aumenta o custo de produção até o fim da safra. “Há preocupação de vários aspectos que o produtor tem que fazer a mais como reposição de fertilizante e aplicação de defensivos e que, em razão de muitas chuvas, vem sendo muito maior do que nas outras safras”.
REPRESENTAÇÃO - A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
*Com informações da Assessoria da AFUBRA