FAESC
15 de julho 2025
O ciclo de painéis do Projeto Campo Futuro em Santa Catarina foi encerrado na quinta-feira (26), com o levantamento dos custos de produção da cebola, em Ituporanga, no Vale do Itajaí. O evento foi promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Sistema Faesc/Senar, o Centro de Inteligência em Gestão e Mercados (CIM) e o Sindicato Rural local.
O objetivo da iniciativa, que contou com painéis nos meses de maio e junho, é consolidar um banco de dados robusto sobre os custos de produção e demais fatores que influenciam diretamente a rentabilidade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. O evento foi realizado em formato híbrido (presencial e on-line) e teve a participação de produtores rurais, técnicos e representantes das entidades parceiras.
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Clemerson Argenton Pedrozo, destacou a relevância da ação e ressaltou o quanto o Campo Futuro é valorizado pelo presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo. “Esse projeto, de extrema importância, gerido pela CNA e trazido para a base (Federação e Sindicatos), proporciona ao produtor rural dados essenciais para a tomada de decisões. Trata-se de uma ferramenta estratégica que gera informações confiáveis, que contribuem para o sucesso das atividades produtivas. Agradecemos, mais uma vez, à equipe da CNA e ao presidente João Martins por viabilizarem essa importante ação que nos ajuda a conhecer melhor a realidade das diversas cadeias produtivas — hoje, em especial, a cebola.”
O presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr, lembrou que Ituporanga é reconhecida como a Capital Nacional da Cebola e se destaca como um dos principais polos produtores do Brasil. “O Projeto Campo Futuro é fundamental para proporcionar aos nossos produtores uma visão clara dos custos de produção, das margens de rentabilidade e dos desafios enfrentados no dia a dia da atividade”.
PRODUÇÃO DE CEBOLA
A assessora técnica da CNA, Letícia Assis Barony Valadares Fonseca, apresentou o perfil da propriedade modal dedicada à produção de cebola na região: o painel apontou um modal com 8 hectares, irrigado por aspersão e com manejo semimecanizado.
“Os produtores relataram produtividade média de 35 toneladas por hectare na última safra, mas perdas na comercialização entre 20% e 25% impactaram a receita”, destacou ao comparar com o levantamento de produção de alho, realizado no dia anterior em Curitibanos. “Em ambos os casos, as atividades são majoritariamente conduzidas por mão de obra familiar, com contratações pontuais para plantio e colheita. Os painéis indicaram um cenário econômico preocupante, com margens brutas negativas, revelando que a continuidade das atividades depende de outras fontes de renda”.