FAESC
18 de junho 2025
SENAR
17 de junho 2025
O município de Tangará, situado no meio-oeste de Santa Catarina, sediou na terça-feira (17) o painel do Projeto Campo Futuro, com foco para o levantamento dos custos de produção da uva na região. A iniciativa é do Sistema CNA/Senar com a parceria do Centro de Inteligência em Gestão e Mercados (CIM), do Sistema Faesc/Senar e do Sindicato Rural de Tangará.
Realizado em formato híbrido (presencial e on-line), o evento reuniu técnicos da CNA e do Sistema Faesc/Senar, dirigentes sindicais, representantes do CIM e produtores rurais ligados à cadeia da vitivinicultura. A série de painéis, que acontece em diversas regiões de Santa Catarina desde maio e se estende até o fim de junho, visa consolidar um banco de dados sobre os aspectos econômicos que impactam o agronegócio nacional.
Durante o evento, o vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo, destacou a importância da vitivinicultura para o desenvolvimento econômico de Tangará e de Santa Catarina. “O cultivo e a industrialização da uva fazem com que o município se consolide como um dos principais polos vitivinícolas do estado. Para muitos produtores, essa atividade representa uma das principais fontes de renda em suas propriedades. Por isso, valorizamos a vitivinicultura e outras culturas estratégicas para o agronegócio catarinense. O Projeto Campo Futuro é essencial para o segmento, pois gera informações técnicas e econômicas precisas, que subsidiam a tomada de decisões no campo e fortalecem a gestão rural”, enfatizou.
O presidente do Sindicato Rural de Tangará, Evandro Pirolli Magnagnagno, também destacou o potencial do segmento para a região e o estado e ressaltou que o Campo Futuro contribui diretamente para o aprimoramento da produção vitivinícola.
A assessora técnica de frutas, hortaliças e flores da CNA, Letícia Assis Barony Valadares Fonseca, destacou que na oportunidade foi definido o modal produtivo, ou seja, uma estrutura de propriedade e manejo que mais ocorre e representa a região. “Com 4 hectares de uva, variedade Isabel, e com sua comercialização destinada e direta com a indústria, o sistema de cultivo é não irrigado e semimecanizado”, explicou.
De acordo com Letícia, os produtores relataram que para a safra 2024/2025 a produtividade de uma propriedade modal foi de 30 toneladas/hectare, cenário de ligeira recuperação frente à média dos últimos anos, de 25 ton/ha devido a eventos climáticos, como geada e instabilidade de temperatura e pluviosidade vivenciado nas últimas safras. Apesar do avanço na produção, os dados apontam para resultados econômicos negativos na atividade”, concluiu Letícia.