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Os potenciais e os desafios do agronegócio catarinense estiveram em pauta durante reunião regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), na manhã desta sexta-feira (23), na sede do Centro Executivo E.T Renovável, em Chapecó. O evento reuniu dirigentes das entidades sindicais do oeste e extremo-oeste.

As atividades foram conduzidas pelo presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó e vice-presidente regional oeste da Faesc, Luiz Carlos Travi, e pelo presidente do Sindicato Rural de Itapiranga, que também é vice-presidente regional extremo-oeste da Faesc Waldemar Schroeder. Também estiveram presentes e destacaram algumas pautas de interesse do setor produtivo o vice-presidente de secretaria da Faesc Enori Barbieri e o vice-presidente de finanças Antônio Marcos Pagani de Souza.

Pedrozo ressaltou a importância dos encontros para fortalecer a representatividade da classe rural e para a busca de políticas públicas que atendam às necessidades das diferentes regiões do estado. “Essa foi a terceira reunião da semana e em setembro teremos outras três para contemplar todas as regiões do estado. Os encontros realizados até agora foram muito produtivos e permitiram levantar oportunidades de melhorias em alguns segmentos, além de avaliar o andamento das atividades realizadas pelo Sistema Faesc/Senar/Sindicatos. Felizmente temos obtido êxito nas ações desenvolvidas em prol do setor.”

Travi desejou as boas-vindas, falou da relevância do encontro para o desenvolvimento do setor e fez o convite aos dirigentes para que participem da ExpoChapecó, que acontece em outubro. Schroeder também agradeceu a participação dos dirigentes e comentou o quanto essas reuniões têm sido importantes para fortalecer o agronegócio.

A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, participou da reunião de forma virtual e destacou a importância do Programa Novilho Precoce – uma das pautas em destaque no evento. Ela realçou que o estado é composto, em grande parte, por pequenas propriedades familiares e que o Novilho Precoce é uma oportunidade para esses produtores maximizarem o valor de suas propriedades.

“Trata-se de uma iniciativa que impacta positivamente toda a cadeia: o produtor cria um animal de maior valor agregado, o frigorífico ganha com carcaças, bem conformadas e saudáveis e o consumidor recebe uma carne de alta qualidade, com melhor suculência, maciez, coloração e equilíbrio entre gordura e proteína”, frisou Celles.

Celles ressaltou, ainda, que a parceria com a Faesc, liderada pelo presidente Pedrozo, tem sido fundamental para o sucesso do programa. “Com o apoio da Faesc, conseguimos levar mais conhecimento e assistência técnica aos municípios, atendendo melhor às necessidades dos produtores locais. Trabalhei muitos anos no campo e vi de perto as oportunidades que essa iniciativa traz. Ele é como a galinha dos ovos de ouro — o esforço é o mesmo, mas o valor final é muito maior. Precisamos continuar expandindo e divulgando o programa para alcançar mais comunidades e agregar ainda mais valor ao nosso produto.”

O encontro em Chapecó também debateu pautas como o apoio do setor produtivo catarinense aos produtores do Rio Grande do Sul, a busca de medidas para evitar a inadimplência no pagamento aos pecuaristas que comercializam nas feiras, a Formação Profissional Rural, a Promoção Social, a Assistência Técnica e Gerencial, entre outros eventos.

O Plano Safra, o status sanitário diferenciado em Santa Catarina e as mais recentes ações desenvolvidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Senar Nacional também foram destacados no evento. “Nunca a CNA teve uma estrutura tão preparada como tem hoje e isso tem sido fundamental para promover avanços significativos no agronegócio”, concluiu Pedrozo.

PROGRAMA NOVILHO PRECOCE

Assim como nas reuniões de Lages (serra) e de Joaçaba (meio-oeste), realizadas nesta semana, a médica veterinária responsável pelo Programa Novilho Precoce e coordenadora estadual de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes na Cidasc, Flávia Klein, detalhou o Novilho Precoce aos dirigentes sindicatos do oeste e extremo-oeste.

“A intenção é divulgar essa iniciativa pública do estado, criada em 1993, para estimular os produtores a enviarem animais ao abate com até 30 meses. Há um potencial expressivo e, por isso, é fundamental que o produtor tenha conhecimento sobre essa iniciativa”, ressaltou Flávia.

Por fim, a coordenadora do programa realçou a importância do Novilho Precoce ao mencionar que viabiliza a atividade pecuária com aumento da produtividade; reduz o déficit de carne bovina no estado; promove o aumento do emprego no meio rural; gera renda ao produtor; melhora a qualidade da carne ofertada com a redução da idade de abate, entre outros benefícios.