FAESC
27 de novembro 2025
O Grupo de Melhoramento Genético (GMG) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) apresentou o balanço final do mercado de reprodutores em Santa Catarina relativo a 2025. A análise, realizada com o apoio do Sistema Faesc/Senar — parceiro estratégico dos principais eventos agropecuários do Estado — demonstra retomada no volume de touros comercializados no Estado.
Após um período de retração, o ano marcou uma importante recuperação no mercado catarinense de touros. O volume de animais ofertados teve um aumento expressivo de 130% em relação a 2024. Apesar da expansão na oferta, o número de eventos permaneceu estável, mantendo o mesmo padrão observado nos anos anteriores.
De acordo com o professor Diego Cuco, responsável pelo GMG/Udesc, Santa Catarina voltou a níveis semelhantes aos registrados antes do pico da crise no preço do gado. “Ainda foi possível observar um aumento de aproximadamente 5% na liquidez total em relação ao ano anterior. Tivemos uma quantidade relativamente semelhante no número de eventos”, destacou.
CALENDÁRIO MAIS CONCENTRADO E IMPACTO NA LIQUIDEZ
Os leilões concentraram-se entre os meses de junho e outubro, variando de seis a sete eventos mensais, exceto setembro, quando foram realizados 11 leilões. Entretanto, esse mês — o de maior oferta — registrou a menor liquidez da temporada.
A temporada de 2025 também apresentou uma tendência já observada em anos anteriores: a antecipação dos leilões em relação às datas históricas e ao início das estações de monta. No total, foram acompanhados 37 eventos realizados em 15 cidades catarinenses, mantendo um padrão próximo ao de anos anteriores, porém com maior oferta média por evento, retomando níveis comparáveis a 2024.
REGIÕES LÍDERES E PARTICIPAÇÃO DAS LEILOEIRAS
As regiões com maior concentração de leilões permaneceram inalteradas: Meio Oeste, Oeste e Planalto Serrano, responsáveis por mais de 91% dos eventos realizados no Estado de reprodutores. O Meio Oeste respondeu por cerca de 32%, o Oeste por 30% e o Planalto Serrano também por 30%. As demais regiões representam 8%.
Entre as quatro principais leiloeiras atuantes, uma delas manteve forte predominância, respondendo sozinha por aproximadamente 50% dos touros ofertados ao mercado catarinense.
EXPANSÃO DA GENÉTICA
O relatório do GMG evidencia o crescimento constante da oferta de genética catarinense a outros estados. O Paraná permaneceu como o principal comprador, seguido por Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, todos com volumes semelhantes.
Ao todo, 13 raças foram comercializadas ao longo da temporada, embora apenas 10 tenham sido incluídas nas análises finais. Os critérios consideraram participação mínima em ao menos três eventos com dois ou mais animais por leilão. Animais muito acima da média racial (mais de três desvios padrão) foram desconsiderados para evitar distorções estatísticas.
A representatividade das raças entre os touros ofertados foi distribuída da seguinte forma: Angus (18%); Braford (19%); Brangus (19%); Charolês (16%); Hereford (– 9%); Nelore – (7%); e outras raças – 12%.
PERFIL DOS ANIMAIS E VALORES MÉDIOS
Os touros comercializados apresentaram idade média de 27 meses. O peso médio foi de 655 kg, com variação de 555 kg a 701 kg. O valor médio geral dos animais comercializados ficou em R$ 16.680,28, e o coeficiente médio de variação foi de 17,72%. Algumas raças apresentaram maior estabilidade de preços — com variação mínima de 5,64% — enquanto outras ultrapassaram 23%.
De acordo com Diego Cucco, o total de touros negociados em 2025 seria suficiente para atender ao acasalamento de cerca de 21 mil matrizes, um número considerado pequeno diante da dimensão do rebanho catarinense.
Durante todo o período, o GMG/Udesc realizou 10 divulgações oficiais sobre a temporada, utilizando seu perfil no Instagram, rádios e outros veículos de comunicação para disseminar informações e resultados.
Para o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, o desempenho da temporada reafirma o dinamismo do setor e a importância dos leilões especializados para potencializar o desenvolvimento da cadeia produtiva. Ele destaca que a qualificação genética dos rebanhos, aliada à organização dos criadores e ao profissionalismo das entidades envolvidas, fortalece a pecuária catarinense e amplia as oportunidades de negócios, renda e inovação no meio rural.
O dirigente também afirma que o calendário de eventos agropecuários do Sistema Faesc/Senar para 2026 contempla mais de 120 eventos agropecuários. Ele reforça que a qualificação dos eventos agropecuários tem sido fundamental para impulsionar os negócios e ampliar a geração de renda no campo. “É gratificante saber que contribuímos para a excelência da pecuária catarinense por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que se tornou estratégica tanto para a gestão das propriedades quanto para assegurar a evolução genética dos rebanhos”.
ONDE ACOMPANHAR
Para mais informações sobre o trabalho do GMG/Udesc, acesse o Instagram @gmg_udesc. Para acompanhar novidades dos eventos agropecuários e ações do agronegócio catarinense, siga @sistemafaescsenar.
Foto 01 - Após um período de retração, o ano marcou uma importante recuperação no mercado catarinense de touros. (Foto Divulgação Sistema Faesc/Senar)
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