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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu, na última semana, na propriedade do produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Florianópolis, a Capacitação Metodológica do Projeto Pró-Mudas. O encontro reuniu prestadores de serviços de quatro Estados que atuarão na execução da nova iniciativa da instituição, voltada ao incentivo da produção e propagação de mudas de espécies nativas destinadas ao consumo próprio dos produtores rurais em todos os biomas brasileiros.

O Projeto Pró-Mudas visa estimular a produção e o cultivo de espécies nativas, além de oportunizar aos produtores que adquiram autonomia para atender às exigências da legislação ambiental, suprindo demandas de recomposição e conservação ambiental em suas propriedades. A iniciativa também contribui para a adoção de sistemas produtivos integrados e agroflorestais, fortalecendo práticas sustentáveis no campo.

A capacitação foi conduzida pelo consultor do Senar Nacional, Lucicleiton Leondro da Silva de Melo, e contou com a presença da técnica em Atividade de Formação Profissional do Senar/SC, Nayana Setubal Bittencourt, e do presidente do Sindicato Rural de Florianópolis, Erasmo Nei Tiepo, anfitrião do treinamento. Entre os participantes estiveram quatro instrutores e técnicos de Santa Catarina, quatro do Rio Grande do Sul, quatro do Paraná e dois de Rondônia, representando um importante intercâmbio de conhecimento entre as regiões.

De acordo com Lucicleiton, o grupo vivenciou todas as etapas do processo produtivo, desde a coleta e beneficiamento de sementes, passando pela preparação de substratos e manejo de viveiros. “A proposta é fortalecer a autonomia técnica dos instrutores e técnicos de campo das Administrações Regionais do Senar, que se tornarão multiplicadores desse conhecimento em seus estados, disseminando tecnologias acessíveis e adaptadas à realidade de cada bioma brasileiro. Mais do que produzir mudas, o Pró-Mudas cultiva conhecimento, consciência ambiental e o protagonismo do produtor rural na construção de um campo mais verde, produtivo e sustentável”.

A técnica Nayana avaliou de forma positiva o processo formativo e ressaltou que foi fundamental para os participantes aprenderem sobre a coleta adequada de sementes, técnicas que potencializam a germinação, métodos de cultivo e a construção de viveiros adaptados às necessidades específicas de cada propriedade.

Para Erasmo Nei Tiepo, o projeto traz uma nova consciência sobre a preservação ambiental e a recuperação de áreas degradadas. “Muitas vezes, o produtor precisa se adequar à legislação ambiental e, se tiver que contratar alguém para isso, o custo é alto. Com essa troca de experiências com os profissionais do Senar e os participantes de diferentes estados, será possível levar conhecimento até os produtores, permitindo que eles próprios realizem a recuperação de suas áreas. É um projeto válido e necessário, que ajuda a atender às exigências ambientais e, ao mesmo tempo, a enriquecer nossas matas, muitas vezes, degradadas ao longo de anos de exploração. Essa troca de conhecimentos entre técnicos e produtores, especialmente sobre espécies nativas madeiráveis, ornamentais e medicinais, é extremamente enriquecedora”, ressaltou.

Segundo o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, o projeto representa um avanço significativo para o meio rural. “O Pró-Mudas será essencial para garantir a autonomia dos produtores no cumprimento das exigências da legislação ambiental e no atendimento às demandas de recomposição ou conservação em suas propriedades. Nossas expectativas são muito positivas”, destacou.

SOBRE O PRÓ-MUDAS

O Projeto Pró-Mudas representa uma ação concreta e transformadora do Sistema CNA/Senar ao promover a integração entre conhecimento técnico e práticas sustentáveis voltadas à produção de mudas de espécies nativas.

O Programa Pró-Mudas prevê a realização de seis turmas de formação e atualização técnica, abrangendo as 27 Administrações Regionais do Senar, visando capacitar 90 profissionais em todo o Brasil. Essa iniciativa reforça o compromisso institucional com a recomposição florestal, o uso sustentável da biodiversidade e a valorização das espécies nativas, fundamentais para o equilíbrio ecológico e a diversificação produtiva das propriedades rurais.

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